A prioridade dos dois candidatos à presidência do PT (Partido dos Trabalhadores) em Campo Grande é reeleger o presidente Lula em 2026. As duas chapas participam de um debate no Sindicato dos Bancários, na manhã deste sábado (7).
Os candidatos à presidência do PT na Capital são a atual secretária de organização do partido, Elaine Becker – apoiada pela ala do PT conhecida como Articulação de Esquerda; e pelo deputado estadual Pedro Kemp – que conta com o apoio dos grupos Avante, Resistência Socialista, Construindo um Novo Brasil, Democracia e Socialismo e Movimento PT.
Os dois concordam que a principal meta para a sigla nas eleições do ano que vem é reeleger o presidente Lula. Além disso, também defendem que o PT tenha um candidato próprio para disputar o governo em Mato Grosso do Sul e fortaleça as candidaturas ao legislativo.
“Queremos deixar o partido organizado em toda a nossa base para que estejamos preparados para em 2026 reeleger o companheiro Lula, os nossos deputados federais, os nossos deputados estaduais com uma bancada, mas principalmente defender a candidatura do Vander Loubet ao senado para que a gente tenha uma representação no Senado Nacional […] É fundamental o PT ter candidatura própria ao governo para defender nossas lutas, nossas bandeiras”, afirma Elaine Becker.
Neste sentido, o deputado estadual Pedro Kemp defende que o partido entregue os cargos que ocupa no governo nos próximos meses para se preparar para as eleições no ano que vem.

“Embora ele [governador Eduardo Riedel] defendesse o Bolsonaro, estava mais aberto ao diálogo [em comparação ao candidato Contar], abriu a possibilidade da gente debater projetos. Então nós fomos por uma contingência para o governo do Riedel. Agora temos diferenças com com ele, por exemplo, a gente não concorda como a polícia do governo dele age em relação aos trabalhadores rurais sem-terra, aos indígenas. A polícia foi muito truculenta em vários momentos. Nós defendemos a luta desse povo. Então, nós queremos um governo que tenha esse olhar para os movimentos sociais que respeite a luta do povo mais pobre”, aponta Kemp.
O deputado estadual explica que, caso seja eleito, entre as prioridades do mandato estarão a organização do cadastro de filiados, fortalecimento da juventude dentro do partido e investimentos na formação política dos filiados.
“A gente também precisa da formação para que o nosso militante seja instrumentalizado, formado para fazer o debate político na sociedade. Nós sabemos que nós temos hoje um percentual de pessoas que reproduzem as falas fascistas da extrema direita no Brasil”, lamenta.
Já Eliane Becker ressalta a importância do PED (Processo de Eleição Direta) promovido neste ano pelo PT para que haja democracia nas eleições desde o nível municipal.
“O Partido dos Trabalhadores é democrático. Esse ano vão ter lições diretas, então por mais que seja o município, ele vai também escolher seu representante nacional. Então a nível nacional, quatro representantes e a nível estadual dois representantes concorrendo às eleições. E Campo Grande também representa a chapa vermelha, esse é o processo de eleição direta”, elogia.
Como irá funcionar a eleição?
Neste sábado (7), ocorrem os debates entre as chapas e os candidatos à presidência do PT em Campo Grande. Em 21 de junho, a Capital recebe o debate entre as chapas que disputam as eleições nacionais. Na semana seguinte, em 28 de junho, ocorre o debate dos candidatos para os diretórios estaduais.
As eleições em todo país estão marcadas para 6 de julho. No caso de Campo Grande, o local de votação será na Escola Estadual Vespasiano Martins, localizada na Rua 13 de Maio, no Centro da Capital.
As eleições para a presidência e demais membros da diretoria ocorrem de forma separada e proporcional. Ou seja, cada chapa ocupará o número de cargos proporcionalmente à porcentagem de votos que recebeu. De acordo com o regulamento das eleições, estão definidas algumas cotas para o diretório como 50% para mulher, 20% para menores de 30 anos de idade e 20% para negros e indígenas.
Cada chapa também irá elaborar um plano de propostas que será discutido posteriormente às eleições. O resultado será levado para o debate estadual e depois à nível nacional para a elaboração dos futuros projetos do PT.
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