Um casal foi detido preventivamente nesta quinta-feira (31) em Gravataí, na Região Metropolitana, sob a suspeita de estupro de vulnerável. O homem, de 49 anos, e a mulher, de 47, teriam cometido abusos sexuais contra um menino de 12 anos em um centro religioso que administravam, conforme apuração da Polícia Civil.
A situação veio à tona após uma denúncia da avó do garoto na terça-feira (29), informando que o menino havia sido internado com sinais de violência sexual. A vítima permanece hospitalizada e apresenta abalo emocional, segundo as autoridades.
Segundo a delegada Amanda Andrade, responsável pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Gravataí, o adolescente teria sido abusado por cerca de três anos durante atendimentos espirituais realizados pelo casal. A confiança que a mãe do menino depositava no casal foi utilizada por eles para se aproximarem da vítima.
Além disso, a irmã do menino, de 19 anos, também relatou à polícia, em depoimento na terça-feira, dia 29, que teria sido vítima de abuso sexual pelo mesmo casal quando era criança e adolescente.
Investigação
A apuração segue com a intenção de ouvir mais testemunhas, examinar o prontuário médico do garoto e investigar se existem outras vítimas.
Reforço a importância da denúncia nos casos de violência sexual, especialmente quando as vítimas são crianças ou adolescentes. O silêncio protege o agressor e perpetua o ciclo de abusos declara a delegada Amanda Andrade.
Ela ainda mencionou que o homem possui registros policiais por vias de fato, ameaça e lesão corporal.
Saiba onde denunciar casos de abuso sexual
- Polícia Militar – 190: para casos em que a criança está em risco imediato
- Samu – 192: para solicitações de socorro urgentes
- Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou mulheres, ou qualquer delegacia de polícia
- Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. As denúncias são anônimas e podem ser feitas por qualquer pessoa
- Conselho Tutelar: presente em todas as cidades, os conselheiros verificam a situação denunciada e, se necessário, acionam a polícia e solicitam a abertura de inquérito
- Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, devem realizar notificação compulsória em casos de suspeita de violência, encaminhando-a aos conselhos tutelares e à polícia: disquedenuncia@sedh.gov.br
- WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656-5008
- Unidades do Ministério Público
- Juizado da Infância e Juventude – (51) 3210-7373
- 0800 642 6400 – Divisão Especial da Criança e do Adolescente da Polícia Civil
- 181 – Disque Denúncia
- 197 – Polícia Civil
0 Comentários